Nasceu no mar, e se perdeu no céu,
Como gêiser imaterial e tão profano
que ao fim da eternidade, ano trás ano,
procura minha alma e tira o véu.
O marco da existência, dia sete
de outubro de quarenta e quatro, tem
especial significado, por que vem
trazer alegria à minha mente.
Alma de minha alma, eu te imploro,
não deixeis que a rotina traiçoeira
de humanidade vil e grosseira,
ofusque a sutil virtude de ouro
que fugindo da essencial maldade
manifesta o fulgor da eternidade.
Nunca penses, porém, que a vida é bela,
sem o estímulo total do sentimento!